Trovoada e granizo dão cabo de culturas e casas

Uma violenta trovoada acompanhada de vento e granizo provocou o caos em aldeias de Macedo de Cavaleiros e Torre de Moncorvo, estq quinta-feira ao fim da tarde. Verificam-se perdas de culturas hortícolas, azeitona e vinha.

GLÓRIA LOPES

Jornal de Noticias

FAO recomenda expansão da agricultura na América Latina e Caribe

A conjuntura internacional em torno dos preços dos produtos agrícolas torna oportuna a expansão da agricultura nos países da América Latina e Caribe, conforme estudo divulgado pelo Escritório Regioonal da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para a região. Isso é viável, conforme o organismo, em vista da heterogeneidade de climas existentes, o que favorece o equilíbrio de preço dos produtos. "
"Os países mais vulneráveis seriam os importadores de alimentos e energia e o principal risco associado ao aumento dos preços seria o agravamento da já muito desigual distribuição de renda", diz o estudo. A América Latina e Caribe, por ser uma região exportadora de alimentos, segundo a FAO, já oferece 40% da sua produção ao mercado consumidor, depois de atendida a sua própria demanda. No entanto, a inflação dos alimentos na região entre janeiro e julho de 2008 supera em 50% a inflação geral, "com grande impacto sobre as famílias mais pobres, que gastam maior parte de seu orçamento na compra de alimentos".

Os gastos com alimentos em países como Bolívia, Colômbia, Guatemala, Honduras, Jamaica, Nicarágua, Paraguai e Peru supera a economia doméstica em 60% nos setores mais pobres, segundo o estudo. A entidade vê também oportunidade para os países importadores de alimentos de substituirem importações, utilizando a capacidade ociosa de suas terras para a agricultura familiar que é um grande provedor de alimentos na América Latina e Caribe. responsável por 80% da oferta de empregos no campo. O uso de tecnologias modernas, de acordo com a FAO, poderia duplicar o rendimento da agricultura familiar, mas para isso seria necessário estímulo a esses produtores.


Lourenço Canuto

Agência Brasil

Pecuária apoiada por crédito bonificado

O governo aprovou esta quinta-feira uma linha de crédito bonificado de 35 milhões de euros, destinada a apoiar os empresários do sector da pecuária, revelou o Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas.

Aprovado em conselho de ministros, o decreto-lei vai possibilitar às empresas da pecuária intensiva aceder ao crédito com juros bonificados. De acordo com o governo, o objectivo é facilitar o acesso a meios financeiros aos empresários para enfrentarem eventuais dificuldades de tesouraria na compra de equipamentos, resultantes do aumento dos custos com a escalada dos preços das matérias-primas.

A linha de crédito estará disponível até 2012 e o dinheiro será emprestado pelas instituições de crédito que celebrem protocolos com o Instituto de Financiamento da Agricultura (IFAP). Os empréstimos serão concedidos pelo prazo de quatro anos e amortizados anualmente, com a possibilidade de carência de capital no primeiro ano.

Correio da Manhã

Campanha de sensibilização para agricultura biológica

O Governo dos Açores está a promover uma campanha de sensibilização para fomento da agricultura biológica alargada a várias ilhas. A iniciativa prolonga-se até 28 de Setembro.

Jornal Diário

Paraguai: Grupo Espírito Santo vai aumentar investimentos na América do Sul

Assunção, 16 Ago (Lusa) - Luís Arrellaga, responsável pelos investimentos do Grupo Espírito Santo (GES) no Paraguai, confirmou à Agência Lusa que "as propriedades do grupo português não correm perigo" e que "o grupo tenciona fazer mais investimentos na América do Sul".

JVP.

Lusa/fim.

Jornal de Noticias

O VINHO E A AGRICULTURA PORTUGUESA

Os mercados europeus e mundiais têm-nos dado sinais claros de que, com a escassez de alguns produtos agrícolas, a Europa e o mundo vão ter de voltar (à semelhança do que aconteceu há muito tempo no passado) a olhar para a agricultura como uma actividade económica determinante para a economia de muitos países. A vários títulos. São cada vez mais claros os sinais de que a agricultura voltará a ser uma das principais actividades económicas à escala mundial. Por razões diversas. De procura. E de oferta. Quantitativas e qualitativas. E a Europa, em geral, e Portugal, em particular, vão ter de assumir a actividade agrícola como umas das suas prioridades. Não andarei longe da verdade se vaticinar que longe irão estar os tempos em que esta actividade económica era primária, e a generalidade dos agricultores irão deixar de ser olhados de soslaio e poderão voltar a ser vistos com outro estatuto, e esta actividade voltar a ser valorizada não só económica mas socialmente. Para além de voltar a permitir melhorar os rendimentos para as famílias e para todos aqueles que, directa ou indirectamente, trabalham no sector. Nada irá ficar igual. Mas atenção, é urgente, com estas novas oportunidades, que todo o sector agrícola português esteja à altura das suas responsabilidades e aposte na sua qualificação e numa melhor produção, numa diferente diversificação e na aposta em novos circuitos comerciais, sobretudo internacionais.

É um dos sectores com maior potencial, em especial a vitivinicultura. Como foi vaticinado há alguns anos, é um cluster a explorar e a valorizar. Pena é que nos últimos anos se tenham feito muitos diagnósticos, mas encontrado poucas respostas para potenciar o sector vitivinícola. Salvo honrosas e boas excepções de alguns produtores privados que se qualificaram e apostaram no profissionalismo e na criação de efectivos circuitos de comercialização (nacionais e internacionais), pouco foi feito ao nível das políticas públicas neste sector. Aliás, o Estado, infelizmente, quase se limitou a assistir e a conformar-se com alguma da agonia e a muita da perda da sua importância - não só económica mas também social. Nesse particular, o actual ministro da Agricultura é o exemplo de um responsável público com pouca vontade para inverter o actual estado das coisas. Como responsável, há cerca de 15 anos, pela realização do certame vitivinícola mais antigo de Portugal (o Festival do Vinho Português), entendo que temos de mudar este paradigma. Até porque temos (devemos) de aproveitar e potenciar o que de mais positivo existe nesta área. A saber, bons índices de comercialização do vinho nacional, uma boa evolução da produção vitivinícola por cada uma das respectivas regiões, índices positivos de evolução da produção nacional, boas performances ao nível das exportações, para além de outros bons indicadores. Penso, perante o actual cenário, que são mais as coisas positivas do que as negativas. O vinho e a agricultura portuguesa devem ser olhados como um dos subsectores da economia portuguesa com melhor potencial. O que lhe tem faltado são políticas públicas adequadas que se interliguem com o que de melhor o sector tem feito nos últimos anos. É por isso que, como responsável pelo Festival do Vinho Português nos últimos 15 anos, entendo que chegou o momento de se assumir a agricultura e a vitivinicultura como uma prioridade. |

João Carlos Barreiras Duarte
presidente da comissão organizadora do Festival do Vinho Português e vice-presidente da CM do Bombarral

DN Online

Floresta: Governo «esqueceu» espécies

A associação ambientalista Quercus estranha que a portaria que estabelece financiamentos para reconversão florestal «esqueça» espécies tradicionais como o carvalho, azinheira e sobreiro e acredita tratar-se de um «lapso» do Ministério da Agricultura.
IOL Diário

Crise alimentar gera pobreza

O Parlamento Europeu pede aos 27 países da União Europeia que cooperem com o Programa Alimentar Mundial no combate à fome, face ao aumento dos preços dos bens alimentares. O texto sublinha que 75% da população pobre a nível mundial vive em zonas rurais, mas que apenas 4% da Ajuda Pública ao Desenvolvimento é consagrada à agricultura. Por isso, os eurodeputados pedem à Comissão Europeia e aos estados-membros que apostem no sector da agricultura nas suas políticas de desenvolvimento.

A cada vez mais extensa crise alimentar é um grande desafio, talvez o maior, que o Mundo tem de enfrentar actualmente. Como diz o director executivo da Oikos - Cooperação e Desenvolvimento, João José Fernandes, "os motins de fome em África, Ásia e América Latina surpreendem-nos à hora dos telejornais. A onda de choque atingiu os Estados Unidos, com uma corrida desenfreada aos hipermercados com medo da escassez".
NUNO VEIGA/LUSA

Jornal de Notícias

“Preços das culturas agrícolas vão continuar mais altos do que antecipámos”

A actual alta dos preços das matérias-primas agrícolas nem é inédita nem é a única causa para a subida do custo dos alimentos. E os biombustíveis são apenas mais um factor nesta conjuntura, defende Abdolreza Abbassian, economista da FAO. Mas esta escalada promete continuar nos próximos tempos

Nos anos 70 e 90, o mundo assistiu a um aumento semelhante ao actual dos preços das culturas agrícolas, diz o responsável pelo Grupo de Cereais da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla inglesa), Abdolreza Abbassian. Este responsável, de nacionalidade iraniana, e que trabalhou na OCDE (entre 1983 e 85) e no FMI (entre 1987 e 90) antes de chegar à FAO há 18 anos, fala em pânico dos mercados, referindo que as explicações para a situação têm tanto de económicas como de psicológicas.

O certo é que 2007 foi um ano de curvas ascendentes. O preço do trigo, passou de 200 dólares em Maio para 400 em Setembro, o dobro da média dos últimos 25 anos. O milho acabou o ano a situar-se 50 por cento acima da média em 2006. O mesmo, com maior ou menor intensidade, aconteceu com os outros cereais.

Más colheitas devido a razões meteorológicas, baixos “stocks” e uma procura crescente explicam em parte este problema. Que acabou por se reflectir nos preços da alimentação, apesar da produção ter aumentado.

Um importante dado desta equação está na China e na Índia, onde parte da população começou a viver mais desafogadamente, permitindo-se luxos antes longínquos como a carne. Este consumo crescente e agora mais alargado, que também ocorre em outros países em desenvolvimento, exige cada vez mais a produção de rações animais, feitas à base de cereais.

Ana Fernandes

Público.pt

Agricultura: escassez de chuva condiciona prados

A escassa precipitação acumulada «tem condicionado o desenvolvimento vegetativo dos prados, pastagens e culturas forrageiras, restringindo as disponibilidades alimentares em verde do efectivo pecuário», indicam as previsões agrícolas do INE.

As previsões agrícolas em 31 de Dezembro «apontam para um aumento da superfície cerealífera, embora abaixo das expectativas geradas pela escalada dos preços dos cereais», refere a nota mensal do organismo de estatísticas.
No olival «prevê-se uma quebra de produção na ordem dos 35%, perspectivando-se, no entanto, uma campanha oleícola de boa qualidade».

Dinheiro Digital

Cabo Verde: Aliviada quarentena imposta há 20 anos

As ilhas de Santo Antão e S. Vicente estão há 20 anos fechadas à exportação de produtos agrícolas e só agora se admite aliviar a quarentena, tudo por causa de uns «inofensivos» mil-pés, que um dia chegaram em plantas de jardim.

Os mil-pés, uma espécie de centopeia mas com muitos mais pés e que comem plantas, tubérculos e raízes, são conhecidos na ilha de Santo Antão desde 1969. Em 1975 começaram a dar na vistas no vale da Ribeira Grande, zona de agricultura de irrigação.

Há 20 anos tomaram a proporção de uma praga de tal ordem que as autoridades não tiveram outro remédio senão proibir a exportação de produtos agrícolas de Santo Antão, deixando apenas que os mesmos chegassem à vizinha ilha de S. Vicente, que por isso entrou também no regime de quarentena.

Diário Digital / Lusa

Dinheiro Digital

Governo não interfere no negócio da Real Companhia Velha

O ministro da Agricultura, Jaime Silva, garantiu hoje em Vila Nova de Foz Côa que o Governo não interfere nos negócios da Casa do Douro (CD) que tem uma dívida de 48 milhões de euros para com o Estado.


«Negócios entre duas instituições privadas, negócios de compra e venda de acções, o Estado não avaliza e não analisa se é um bom ou mau negócio», afirmou Jaime Silva, no final de uma reunião com a direcção da CD, realizada naquela cidade do norte do distrito da Guarda.

Diário Digital / Lusa

Dinheiro Digital

Jaime Silva quer falar individualmente com CVR`s do Centro

O ministro da Agricultura, Jaime Silva, garantiu hoje que falará individualmente com cada uma das quatro comissões vitivinícolas regionais (CVR) do centro para que estas apresentem uma candidatura única a entidade certificadora.

«É importante ter dimensão e só haverá parcerias para quem tiver dimensão», sublinhou Jaime Silva no Porto à margem de uma reunião com empresários agrícolas.

Diário Digital / Lusa
Dinheiro Digital

Morreu Apolinário Vaz Portugal (1930-2008)


Morreu Apolinário Vaz Portugal, ministro da Agricultura nos III e IV Governos Constitucionais (1978 e 1979). Foi investigador e director da Estação Zootécnica Nacional e da Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa.

Fotografia: Manuel Moura/Lusa
Maria Luiza Rolim
Expresso

Mafra: 17 mil frangos abatidos

abate de 17 mil frangos de uma exploração no Concelho de Mafra, onde há uma semana foi detectado o vírus da gripe das aves, terminou hoje, ao fim do dia, revelou o Ministério da Agricultura, citado pela Lusa.

Estão concluídas as operações de abate dos animais não se encontrando, até ao momento, mais nenhuma exploração sob sequestro, disse fonte do Ministério da Agricultura.

O abate dos animais da exploração situada na Freguesia de Santo Estêvão das Galés, Mafra, iniciou-se a 31 de Dezembro, altura em que, segundo o director-geral de Veterinária, Agrela Pinheiro, foram incineradas 60 por cento das aves.

Agrela Pinheiro confirmou que foi detectado o vírus H5 de baixa patogenicidade (o de menos mortalidade) nesta exploração avícola, que estava próxima de uma outra, onde, há uma semana, tinham sido mortas 10 mil perdizes.

Além do abate e incineração das aves foi ainda estabelecido um novo perímetro de segurança de um quilómetro em torno desta exploração.

Neste novo perímetro, não há explorações que se dediquem à produção ou comercialização de aves.

Depois do abate das perdizes, uma amostragem foi submetida a análise no Laboratório de Investigação Veterinária e deu resultado positivo, disse Agrela Pinheiro.

Segundo Agrela Pinhiro, está a ser feito um inquérito epidemiológico «para perceber a eventual origem» do vírus H5.

O director-geral de Veterinária deixou ainda um alerta aos proprietários de aves domésticas, para que mantenham as aves confinadas, de modo a que o vírus não se propague.

Os focos detectados nas duas explorações da Lourinhã e Mafra foram erradicados após acções de limpeza e desinfecção, não havendo indicação de outras explorações para o onde vírus se tenha espalhado.

PortugalDiário

Apenas 15 empresas transnacionais dominam o agronegócio no planeta

Segundo ambientalista, estas corporações influenciam os governos do mundo todo, criando leis, favorecendo investimentos e pesquisas em torno dos pacotes que eles dominam, como o fornecimento de sementes e de adubos.


Vicente Phol é um cidadão da Amazônia Brasileira. Nessa (por enquanto), imensa região do país, que o filósofo, mestre em educação e ambientalista passou a maior parte de sua trajetória profissional, numa jornada de compromissos e lutas ao lado de pequenos agricultores, ribeirinhos, quilombolas e outras populações tradicionais.

Foi através da Fase (Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional), organização não-governamental voltada para a promoção dos direitos humanos e da economia solidária, que há 20 anos, esse gaúcho de nascimento aportou no estado que escolheu para viver e “adotou no coração”. Essa opção foi reconhecida no ano passado, com o título de Cidadão Mato-grossense.

Além do trabalho com a regional da Fase em Cáceres, Vicente também é um dos coordenadores do Formad (Fórum Mato-Grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento) e atua numa série de outras redes e articulações na busca por um Brasil mais sustentável e democrático.

O jornalista Elton Rivas bateu um papo com Vicente numa de suas breves passagens por Cuiabá, entre um evento e outro pela Amazônia afora e ouviu dele algumas inquietações e ponderações a respeito de uma mudança nos paradigmas de desenvolvimento do estado, sobre a agricultura familiar e outras questões ligadas à temática ambiental.


Elton Rivas
da Revista Sina

24 Horas News