UE/Agricultura: Bruxelas quer apostar no desenvolvimento rural no âmbito da avaliação da reforma da PAC

A Comissão Europeia quer aumentar as verbas destinadas ao desenvolvimento rural e diminuir as ajudas directas ao rendimento dos agricultores, uma proposta avançada no âmbito da avaliação da reforma da Política Agrícola Comum (PAC).

Bruxelas quer ver a chamada modulação obrigatória aumentar dois por cento por ano (a PAC prevê já uma atribuição de cinco por cento até 2013) no período 2010-2013.

A modulação obrigatória é o montante das ajudas directas obrigatoriamente transferidas para o desenvolvimento rural.

A avaliação (health check) da reforma da PAC, lançada em 2003, é apresentada na terça-feira, em Bruxelas, pela comissária europeia para a Agricultura, Mariann Fischer Boel.

Além da aposta no desenvolvimento rural, o documento inclui o abandono progressivo das quotas leiteiras, limitando a produção e revendo os mecanismos de apoio ao mercado.

O fim definitivo das quotas leiteiras está previsto para 2014-2015.

Também o pousio obrigatório dos campos destinados a cereais é abandonado, uma medida já tomada excepcionalmente para a campanha 2007-2008 devido ao alto preço e à escassez verificada no mercado cerealífero, com uma procura muito superior à oferta.

A PAC é a política europeia que mais dinheiro absorve do orçamento comunitário, tendo representado em 2007 cerca de 55 mil milhões de euros.

O anteprojecto de orçamento para 2008 apresentado por Bruxelas em Maio - que só será aprovado em Dezembro depois de recebidas as sugestões do Parlamento Europeu e Conselho - relega a PAC para o segundo lugar, com 56,3 mil milhões, atrás das políticas para o crescimento e emprego (57,2 mil milhões de euros).

IG.

Lusa/Fim

Expresso

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